Muitos estudantes são treinados para automaticamente confiar em seus livros escolares ou acreditar em qualquer coisa escrita. Eles desconhecem o valor da leitura crítica. O que fazer para concertar isso?
O prazer e hábito da leitura devem começar logo cedo. Pais e professores devem ler uma grande quantidade de livros para as crianças antes que elas leiam sozinhas, e sobre os mais diferentes assuntos. Despertar a curiosidade e interesse logo cedo é essencial para o desenvolvimento desse hábito. Por isso, os alunos devem, primeiramente, ter o costume de ler.
Ao adquirir esse hábito, devem aprender a ler de forma crítica. Para o Dr. Mike Schmoker, educador e autor de diversos livros, “grandes quantidades de leitura atenciosa e objetiva, com debates, anotações e releituras são a essência da alfabetização autêntica”.
A leitura deve ser sinônimo de pensamento e reflexão. Não é possível ter um sem o outro. Ler é um método de aprendizado ativo, oposto aos métodos passivos de ditados ou apenas ouvir o conteúdo. Para ler, os estudantes devem estar fisicamente envolvidos – o movimento dos olhos em busca das palavras, virar as páginas –, devem decodificar mentalmente os símbolos em sons com significado, enfim, toda a concentração deve estar voltada para essa atividade.
Para que essas atividades não sejam mecânicas ou o aluno simplesmente absorva o conteúdo sem questioná-lo ou analisá-lo, uma boa dica é fazer anotações. Enquanto lê, o estudante deve fazer notas e levantar questionamentos, marcar pontos importantes e relacionar conteúdos.
Os professores devem ensinar aos estudantes a identificar conceitos enquanto lêem e então julgar quais deles são chave para o entendimento do texto. Conceitos, artigos e fatos devem ser relacionados e posicionados dentro de contextos históricos, sociais e geográficos. Sua leitura só será completa quando seus questionamentos completarem o entendimento do texto.
Publicado no Universia | Fonte: Livros e Pessoas
