Por Guilherme Cepeda Share Share Sem categoria Especial: A Biblioteca de Pat Peoples 14 de junho de 20136 views0 Pat Peoples não suporta finais infelizes. Recém-saído de uma temporada em um hospital psiquiátrico, o protagonista de O lado bom da vida volta a morar com os pais para reconstruir a vida e tentar se reconciliar com seu grande amor, Nikki. Para isso, o ex-professor de história de 30 e poucos anos segue uma rígida rotina de exercícios e inicia a leitura dos livros preferidos da ex-esposa, grandes clássicos da literatura norte-americana. Em uma entrevista concedida à revista Veja, o autor Matthew Quick explicou que quando era professor de literatura recebeu o telefonema de uma mãe preocupada com a depressão do filho. Para ela, “a natureza triste dos livros que ele era obrigado a ler não estava lhe fazendo bem”. “Claro, eu acredito que devemos ensinar e ler os clássicos”, reflete Quick, “mas [ela] me fez reexaminar nossa grade de leitura. Praticamente todos os livros que eu ensinava acabavam em tragédia. O telefonema me impactou e fiquei pensando se realmente aquele montante de dramas não estaria fazendo algum mal para as jovens mentes.” Pat passa a nutrir outro tipo de apreensão depois de ler o livro preferido de Nikki, O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald. O desfecho do clássico o deixa desconcertado: se para Nick esse é o maior romance norte-americano já escrito, será que ela não acredita em finais felizes? E se ela não acreditar, como Pat irá reconquistá-la? O resultado da obsessão de Pat em tentar ao máximo agradar a ex-esposa são resenhas hilárias dessa e de outras obras, como: Adeus às armas, de Ernest Hemingway A letra escarlate, de Nathaniel Hawthorne A redoma de vidro, de Sylvia Plath O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain Confira o trecho de uma das “resenhas” abaixo: O grande Gatsby, por Pat Peoples A melhor parte é o ensaio introdutório, que afirma que o romance trata principalmente do tempo e do fato de que a pessoa não pode nunca recuperá-lo, que é exatamente como me sinto em relação a meu corpo e a meus exercícios — mas, então, eu também sinto como se houvesse um número infinito de dias até meu inevitável reencontro com Nikki. Quando li a história propriamente dita — que conta como Gatsby ama Daisy, embora não consiga nunca ficar com ela, por mais que tente —, tive vontade de rasgar o livro ao meio, ligar para Fitzgerald e dizer que o livro dele está todo errado, embora eu saiba que Fitzgerald provavelmente já morreu. Em especial quando Gatsby é baleado mortalmente em sua piscina na primeira vez em que vai nadar naquele verão, Daisy nem mesmo vai ao enterro dele, Nick e Jordan se separam e Daisy acaba com o racista do Tom, cuja necessidade de sexo basicamente mata uma mulher inocente, dá para ver claramente que Fitzgerald nunca se deu o trabalho de olhar para a parte brilhante que há por trás das nuvens ao pôr do sol, porque não há nenhum lado bom no fim daquele livro, vou lhe contar. Fonte Ouça o último episódio do BurnCast: Você pode ouvir BurnCast no Burn Book, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga o BurnCast, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. Please enable JavaScript to view the comments powered by Disqus. Compartilhe O que você achou desse Post? LOL 0 GOSTEI 0 AMEI 0 CONFUSO 0 Engraçado 0 Guilherme CepedaGuilherme Cepeda é podcaster, blogueiro e escritor. Pós-Graduado em Marketing e apaixonado por tecnologia e literatura desde sempre, em 2010 resolveu criar um blog para compartilhar sua opinião com os amigos. Jamais imaginaria que o projeto chegaria tão longe, tornando-se hoje o Burn Book, um dos maiores portais de literatura jovem do Brasil. Escreveu em co-autoria os livros da série Minha Vida, e em seu trabalho mais recente, já pela Editora Burn Books, publicou o conto “Estarei em Casa para o Natal” na antologia que leva o mesmo nome, também foi publicado em outras antologias pelas Editoras Wish, Villa-Lobos e Rouxinol. Guilherme é co-criador do Podcast “BurnCast”, o qual é responsável pela edição, pós-produção e roteiro há mais de um ano.e-mail Website Twitter Facebook Instagram
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