Por Guilherme Cepeda Share Share Sem categoria Especial: Dicas da Paula Pimenta para quem deseja ser escritor 5 de setembro de 201310 views2 Olá, leitores do Burn Book. A autora Paula Pimenta postou em sua coluna na veja um artigo com algumas dicas para quem quer ser escritor, confira: Paula Pimenta, na Veja Ler Conheço gente que diz que adora escrever, mas não gosta de ler… Acho isso tão estranho que é como se um dentista me contasse que não gosta de dentes! O escritor tem que ler muito, inclusive mais do que a maioria das pessoas. Quem lê estimula a imaginação, aumenta a criatividade, aumenta o vocabulário e adquire conhecimento. Tudo isso é muito importante para o trabalho do escritor. Não tenha preguiça de reler seu texto Essa está ligada à dica anterior. O escritor precisa ler não apenas os livros de outros autores, mas o dele mesmo também. Inúmeras vezes. Eu, por exemplo, releio cada capítulo ou crônica que termino umas 20 vezes antes de considerá-los realmente finalizados. A cada leitura, descubro palavras repetidas ou desnecessárias, troco parágrafos inteiros de lugar, monto um verdadeiro quebra-cabeças até que tudo se encaixe. E só então mostro para alguém. Tenha leitores críticos Cada escritor acha que o seu livro é o melhor do mundo e o trata como um filho. Eu, por exemplo, se falam mal dos meus livros, tenho vontade de pular no pescoço da pessoa, assim como uma mãe que defende sua cria. Mas é importante ouvir a opinião de outras pessoas, que vão ler o seu texto sem tanto apego e dizer imparcialmente se ele é realmente bom. Por isso aconselho que quando terminar de escrever, mostre o livro para alguém antes de mandar para uma editora. Pode ser uma professora, uma amiga que goste de ler, ou até mesmo um parente. Mas é preciso pedir para essa pessoa ser sincera e apontar possíveis defeitos. E então você vai ter que passar para uma fase difícil, que é inclusive a próxima dica. Aceite as críticas Tem gente que odeia receber críticas. Confesso que sou uma delas, mas as críticas construtivas nos ajudam a crescer, então é fundamental escutá-las (e aceitá-las), senão ficamos parados no mesmo lugar. Claro que cada pessoa pensa diferente, o que você acha perfeito, a sua amiga pode achar desprezível. Mas quando várias pessoas criticam ou elogiam algo, é sinal de que aquilo merece uma certa atenção. Eu uso isso como termômetro. Quando escuto vários leitores elogiando alguma parte dos meus livros, sinto que acertei. Já quando recebo críticas de pessoas diferentes a respeito de um mesmo ponto da história, percebo que no próximo livro será melhor se eu não escrever nada parecido… Desapegue O escritor precisa escrever e reescrever várias vezes até considerar o texto bom. Se você acha que aquele capítulo que passou a madrugada escrevendo não ficou legal, é porque provavelmente não ficou mesmo. Então apesar do trabalhão que você teve, o melhor é desapegar e começar novamente. Porque se nem você gostar do seu trabalho, pode ter certeza que as outras pessoas também não vão. Escreva sobre o que você gosta O escritor passa muito tempo com seu livro. Então, se ele não gostar do tema, aquilo vai se tornar uma tortura! Escrever sobre o que gostamos é prazeroso, não dá vontade de parar, sentimos vontade de morar naquelas páginas. E o leitor sente isso. Quando o escritor cria o livro com paixão, esse sentimento ultrapassa o papel e toca as outras pessoas também. Escreva sobre o que você conhece É preciso convencer o leitor. Quando abrimos um livro e temos a impressão de que o escritor não sabe do que estava falando, dá vontade de fechá-lo na mesma hora. Por isso é preciso ter muita segurança. Eu sempre recomendo contextualizar a história em um local que você conheça, assim você vai saber descrever muito bem os cenários e vai poder imaginar melhor as situações que vai colocar no papel. Mantenha um bloco de anotações sempre por perto As ideias podem aparecer nas horas mais estranhas, como de madrugada ou no meio do banho. E da mesma forma que elas aparecem, elas também vão embora… De repente. Por isso é importante ter sempre onde anotar, para que não tenha perigo de você esquecer até que possa colocá-las em prática (em uma hora mais propícia). Tenha (muita) paciência Infelizmente as editoras não são muito abertas para autores iniciantes. Mas isso é compreensível, afinal, é o trabalho delas, o livro precisa ter muito potencial de venda para compensar sua publicação. A editora tem muitos gastos para produzir um livro, então o retorno precisa ser garantido. Dessa forma, é muito mais seguro publicar autores que já tenham um público, que sejam garantia de vendas. Mas, apesar disso, não é impossível. Cada vez mais autores brasileiros têm aparecido e as pessoas têm percebido que os livros produzidos aqui são tão bons quanto os de fora ou até melhores. Por isso não vale desistir depois do primeiro “não”. Se você acredita que seu livro é bom, siga em frente! Antes de conseguir uma editora para o meu primeiro romance, passei por duas que nem quiseram ler o meu livro. Dizem que a J.K. Rowling passou por SETE! Imagina só o quanto essas editoras devem se arrepender hoje em dia? Não fique de braços cruzados Um erro de muitos autores é achar que depois que o livro é publicado, basta esperar os leitores aparecerem. Vai ter que esperar por muito tempo… O autor tem que ser o primeiro divulgador de sua obra. Lembro que quando comecei, peguei meus livros e os levei em várias escolas, pedi para as professoras lerem, perguntei se não gostariam de fazer algum trabalho com eles em sala de aula… Eu também divulguei muito em blogs literários e nas redes sociais, e faço isso tudo até hoje! Uma outra coisa que eu fazia no começo (momento confissão constrangedora) era pegar os meus livros que ficavam nas prateleiras mais escondidas das livrarias e colocá-los em destaque, para que pudessem ser vistos! Hoje eu acho graça, mas tenho certeza que algumas das minhas primeiras leitoras compraram meu livro por terem ficado encantadas com a “capa linda”, que eu estrategicamente deixei à vista! Ah, sim, e essa é a penúltima dica… Se apaixone pelo seu livro Você tem que ser o primeiro a gostar dele. Desde a capa até o último ponto final. Já expliquei lá em cima… O seu livro é o seu filho! Ele veio de você e vai ter uma parte sua nele para sempre. Então, se encante por ele. Defenda-o, divulgue-o e faça o possível para que ele cresça cada vez mais. Assim, você vai ver como é gostoso o orgulho que dá quando o nosso “bebê” é elogiado. Sorria Quando vários leitores tiverem seu livro em mãos, você vai ter que dar muitos autógrafos e tirar várias fotos! Então, pode ir treinando o sorriso! 🙂 Créditos Ouça o último episódio do BurnCast: Você pode ouvir BurnCast no Burn Book, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga o BurnCast, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. Please enable JavaScript to view the comments powered by Disqus. Compartilhe O que você achou desse Post? LOL 0 GOSTEI 0 AMEI 0 CONFUSO 0 Engraçado 0 Guilherme CepedaGuilherme Cepeda é podcaster, blogueiro e escritor. Pós-Graduado em Marketing e apaixonado por tecnologia e literatura desde sempre, em 2010 resolveu criar um blog para compartilhar sua opinião com os amigos. Jamais imaginaria que o projeto chegaria tão longe, tornando-se hoje o Burn Book, um dos maiores portais de literatura jovem do Brasil. Escreveu em co-autoria os livros da série Minha Vida, e em seu trabalho mais recente, já pela Editora Burn Books, publicou o conto “Estarei em Casa para o Natal” na antologia que leva o mesmo nome, também foi publicado em outras antologias pelas Editoras Wish, Villa-Lobos e Rouxinol. Guilherme é co-criador do Podcast “BurnCast”, o qual é responsável pela edição, pós-produção e roteiro há mais de um ano.e-mail Website Twitter Facebook Instagram
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