Titãs é a primeira série original do serviço de streaming da DC Comics e, aqui no Brasil, lançada na Netflix. Baseada no grupo de super-heróis incrivelmente popular, a série foi alvo de muitas polêmicas antes de estrear. Muitos fãs diziam, baseado em imagens vazadas, que Estelar (Anna Diop), Mutano (Ryan Potter) e Ravena (Teagan Croft) estavam muito diferentes do que esperavam.
Akiva Goldsman, Geoff Johns e Greg Berlanti fizeram o mesmo que Arrow fez com o Arqueiro Verde, ou seja, nos deram uma versão completamente alternativa dos Jovens Titãs. Eles não são os mesmos heróis que você conheceu no Cartoon Network e você precisa aceitar isso para gostar da série.
Passando a fase de aceitação, a série desce muito melhor. Os produtores já diziam que Titãs seria diferente das outras produções televisivas de super-heróis. Desde a fotografia até a escolha das cores, tudo traz um ar novo e excitante. Eles não tiveram vergonha nenhuma em assumir ser uma série de heróis e isso fez toda a diferença no final.
Eu parabenizo a produção por conseguir tornar a série austera e heroica ao mesmo tempo. Muito disso se deve ao protagonismo forte de Dick Grayson (Brenton Thwaites). Deu para ver o quanto Brenton se dedicou assumir o manto do seu personagem. Quando você tem o protagonista certo, na série certa, já é meio caminho andado.
Infelizmente, embora Titãs seja uma série bem gostosa de se acompanhar, ela sofre muito por causa dos seus roteiristas. Parece que a “censura 18 anos” foi só para mostrar sangue e cenas de nudez, porque, mais de uma vez, senti que estava assistindo uma série da CW.
Mas, mesmo tendo esses problemas, estou ansioso para a segunda temporada da série.